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QUEM VENCE CONQUISTA SEU LUGAR
NA MAIS PAULISTA DAS AVENIDAS
Dizem Que a Avenida Paulista, que acaba de completar
115 anos, é como um casamento, que começa no Paraíso
e termina na Consolação.
A avenida Paulista, coração de São Paulo
Brincadeiras à parte, o certo é
que a Paulista é um símbolo de consagração, onde
torcedores comemoram as conquistas de seus times, onde
executivos bem-sucedidos têm seus escritórios, onde
grandes artistas exibem seus trabalhos e onde presidentes
e governantes comemoram sua eleição.Para o artista
plástico Marco Angeli, a avenida é uma espécie de mãe.
Leia seu depoimento e entenda porque:
“Fiz minha primeira exposição na Avenida Paulista. Foi na
galeria do edifício sede do Banco Real em 1985 e -claro-
foi inesquecível. Encantado e inspirado com a magia das
cores e formas da Tomie Ohtake, na época eu fazia
pinturas abstratas e passeava nas madrugadas pela
avenida.A Avenida paulista era o centro nervoso da cidade
durante o dia ,mas era fascinante a maneira como ela se
transmutava todas as noites, virando uma espécie de
caldeirão da cultura e da diversão da cidade, por onde
circulavam todos os tipos de pessoas Na esquina da
Consolação, bem em frente ao cine Belas Artes, por exemplo,
funcionavam o Riviera e o La Baguette, pontos de encontro
dos artistas, músicos, atores e escritores.Conheci alguns
talentos fantásticos ali.
Essa minha relação de amor pela avenida cresceu
sempre,e em 1991 acabei pintando uma série da própria
avenida de madrugada -figurativo- que acabou sendo
o embrião desse meu trabalho atual. Essas obras foram
expostas numa galeria ali mesmo e me mostraram claramente
essa espécie de dualidade da Paulista.
O original da ilustração
Alguns executivos comentavam ,no vernissage,que apesar
de passarem todos os dias pela avenida, que viam agora
pintada, jamais haviam percebido aqueles ângulos, refletidos e
formados pelas luzes dos postes, pelas luzes de neon.
Essa era a personalidade de São Paulo, e a Paulista seu
espelho. Austera de dia, e terna, romântica e festiva
de noite.Talvez por isso mesmo, por essa
personalidade dupla, tudo o que acontece na cidade
acaba sempre na Avenida Paulista, desde a vitória do
time de futebol até as mostras de arte,
como se ela fosse a mãe da cidade,
que abriga e entende todas as loucuras de seus filhos...”
Transcrito da revista RSVP, janeiro de 2007
Tenho e sempre tive uma relação de afeto com
a avenida Paulista. Nela, durante as madrugadas em
que andava por alí, conheci pessoas que foram
importantes na minha vida. Nela, vivi momentos
felizes, momentos tristes.
Alí, num dos leilões memoráveis feitos pelo grande
Mascchio no 'porão' do Baguette, uma de minhas
telas alcançou um preço muito mais alto do que poderíamos
imaginar...motivo de felicidade, já que a renda de todos
os leilões revertia pra ajudar os hospitais que
tratavam crianças com AIDS, um pesadelo enorme
na época. Alí, chorei a morte, causada pela AIDS,
de alguns amigos. Kuka Clark, um deles, escritor,
jornalista, uma perda gigantesca.
Alí, eu chegava as 4, cinco da manhã, vindo de moto
pela ladeira da Consolação, devagar, pensando na vida,
num frio de rachar, meses de inverno.
Mas alí, na pontinha da Paulista, tudo era calor,
festa. Registrei essas impressões em minha
primeira exposição figurativa, em 1990.
A Avenida Paulista...de madrugada.
Marco Angeli, agosto de 2008
NA MAIS PAULISTA DAS AVENIDAS
Dizem Que a Avenida Paulista, que acaba de completar
115 anos, é como um casamento, que começa no Paraíso
e termina na Consolação.
A avenida Paulista, coração de São Paulo
Brincadeiras à parte, o certo é
que a Paulista é um símbolo de consagração, onde
torcedores comemoram as conquistas de seus times, onde
executivos bem-sucedidos têm seus escritórios, onde
grandes artistas exibem seus trabalhos e onde presidentes
e governantes comemoram sua eleição.Para o artista
plástico Marco Angeli, a avenida é uma espécie de mãe.
Leia seu depoimento e entenda porque:
“Fiz minha primeira exposição na Avenida Paulista. Foi na
galeria do edifício sede do Banco Real em 1985 e -claro-
foi inesquecível. Encantado e inspirado com a magia das
cores e formas da Tomie Ohtake, na época eu fazia
pinturas abstratas e passeava nas madrugadas pela
avenida.A Avenida paulista era o centro nervoso da cidade
durante o dia ,mas era fascinante a maneira como ela se
transmutava todas as noites, virando uma espécie de
caldeirão da cultura e da diversão da cidade, por onde
circulavam todos os tipos de pessoas Na esquina da
Consolação, bem em frente ao cine Belas Artes, por exemplo,
funcionavam o Riviera e o La Baguette, pontos de encontro
dos artistas, músicos, atores e escritores.Conheci alguns
talentos fantásticos ali.
Essa minha relação de amor pela avenida cresceu
sempre,e em 1991 acabei pintando uma série da própria
avenida de madrugada -figurativo- que acabou sendo
o embrião desse meu trabalho atual. Essas obras foram
expostas numa galeria ali mesmo e me mostraram claramente
essa espécie de dualidade da Paulista.
O original da ilustração
Alguns executivos comentavam ,no vernissage,que apesar
de passarem todos os dias pela avenida, que viam agora
pintada, jamais haviam percebido aqueles ângulos, refletidos e
formados pelas luzes dos postes, pelas luzes de neon.
Essa era a personalidade de São Paulo, e a Paulista seu
espelho. Austera de dia, e terna, romântica e festiva
de noite.Talvez por isso mesmo, por essa
personalidade dupla, tudo o que acontece na cidade
acaba sempre na Avenida Paulista, desde a vitória do
time de futebol até as mostras de arte,
como se ela fosse a mãe da cidade,
que abriga e entende todas as loucuras de seus filhos...”
Transcrito da revista RSVP, janeiro de 2007
Tenho e sempre tive uma relação de afeto com
a avenida Paulista. Nela, durante as madrugadas em
que andava por alí, conheci pessoas que foram
importantes na minha vida. Nela, vivi momentos
felizes, momentos tristes.
Alí, num dos leilões memoráveis feitos pelo grande
Mascchio no 'porão' do Baguette, uma de minhas
telas alcançou um preço muito mais alto do que poderíamos
imaginar...motivo de felicidade, já que a renda de todos
os leilões revertia pra ajudar os hospitais que
tratavam crianças com AIDS, um pesadelo enorme
na época. Alí, chorei a morte, causada pela AIDS,
de alguns amigos. Kuka Clark, um deles, escritor,
jornalista, uma perda gigantesca.
Alí, eu chegava as 4, cinco da manhã, vindo de moto
pela ladeira da Consolação, devagar, pensando na vida,
num frio de rachar, meses de inverno.
Mas alí, na pontinha da Paulista, tudo era calor,
festa. Registrei essas impressões em minha
primeira exposição figurativa, em 1990.
A Avenida Paulista...de madrugada.
Marco Angeli, agosto de 2008
Toda sua obra devidamente catalogada, sala de exposições, cursos profissionalizantes, etc,etc,etc,etc....
ResponderExcluir"FUNDAÇÃO MÁRIO ANGELI", em homenagem ao seu pai que está mais presente do que você imagina, em sua vida.
'É preciso que alguém seja o guardião do fogo para não deixar que a chama se apague."
"Há que semear sempre, principalmente a fé no coração das pessoas."
elisa
Somos estudantes da faculdade São Marcos, como podemos ter contato pra agendar uma entrevista?
ResponderExcluirLilian Joares Glins
Ana Paula Glauco
Fabiana Souza Pitta
Paulo Beviglieri
Não conseguimos contato atraves do email informado.
ResponderExcluirpodemos agendar uma paletra na faculdade.
Tem problema entrarmos em contato por telefone?
Paulo Beviglieri