terça-feira, 30 de setembro de 2008

FRED ASTAIRE e RITA HAYWORTH for LASERLAND by Angeli


Em setembro terminei uma série de dez pinturas
para a loja Laserland do Shopping Higienópolis, em São Paulo.
A Laserland é conhecida por ter em seu acervo gravações
originais principalmente de jazz e blues, e uma coleção de filmes
invejável, difíceis de se achar em outro lugar.
Fred Astaire e Rita Hayworth fazem parte dos artistas que hoje
estão nas paredes da loja,
retratados por mim, e é um trabalho que me traz
grande satisfação, à nível pessoal.

Fred e Rita ao lado de Marlon Brando na Laserland

Fred Astaire nasceu em Los Angeles em 1899.
Começou sua carreira profissional aos sete anos de idade, ao
lado de sua irmã Adele, e logo foram considerados a
melhor dupla infantil do show business.
Em dez anos conquistaram a Broadway.
Nos anos finais da década de 30 Astaire firmou
seu próprio estilo de dança, inconfundível, coreografando
seus próprios números.
Em 1932 começou no cinema, com o filme
A Alegre Divorciada.
Astaire fazia grande sucesso nos palcos mas isso contava
pouco para Hollywood. No cinema, precisou de muita
perseverança e humildade para aparecer.
Ao tentar entrar para o elenco do filme Cinderela em Paris
recebeu uma avaliação que hoje parece uma piada:
"Não sabe cantar, está ficando careca...e dança um pouco."
Sua grande parceira, em 10 filmes, foi Ginger Rogers,
com a qual participou de 10 filmes à partir de
Voando Para o Rio.
Os dois brigavam fora das telas mas no cinema tinham
a química perfeita. Katherine Hepburn, se referindo à eles,
disse certa vez:
"Eles combinavam tão bem na tela porque Astaire deu a ela
classe e Ginger deu a ele sexo."
A carreira cinematográfica de Astaire abrange 40 filmes,
a grande maioria de musicais.

Astaire e Rita Hayworth, em tela de 183 x 110 cm,
carvão, pastel e acrílico sobre canvas

No teatro estreou em 15 musicais, em casas de New York
e Londres. Foi coreógrafo de Noel Coward, Gertrude Lawrence,
Marilyn Miller, Ginger Rogers e Allen Kearns, em espetáculos teatrais.
Gravou mais de 18 álbuns entre LPs, coleções e trilhas sonoras
de filmes, além de compor 20 canções populares.
Fred Astaire cantava, interpretava, dançava e compunha
com uma exuberância e um glamour que o
transformaram numa lenda hollywoodiana.
Astaire trabalhou também e muito para a TV.
A partir de 1958 tinha na TV quatro especiais:
An Evening With Fred Astaire, Astaire Time,
Hollywood Palace
e The Fred Astaire Show.
Só o primeiro lhe rendeu nove premios Emmy, incluindo um
como Melhor Ator.
Astaire morreu em 1987 de pneumonia.

Fred Astaire e Rita Hayworth, detalhe

Rita Hayworth nasceu em New York, no dia 17 de outubro
de 1918, como Margarita Carmen Cansino.
Os Cansino eram uma famosa família de ciganos
dançarinos espanhóis. Margarita subiu aos palcos pela primeira
vez aos doze anos de idade, e ao longo da adolescência se
apresentou várias vezes em casinos na fronteira
dos EUA com o México.
Assinou um contrato com a Fox em 1935, fazendo
pequenos papéis, e posteriormente foi contratada pela
Columbia. Trocou seu nome para Rita Hayworth, sobrenome
de sua mãe e mudou a cor de seu cabelo castanho para
uma tonalidade de ruivo, o que se transformou em sua
marca. Uma Loura Com Açúcar, de 1941, ao lado de
James Cagney, seria seu primeiro sucesso.
Dançou com Fred Astaire em Bonita Como Nunca e
Ao Compasso do Amor.
Preferi Rita, ao desenhar os esboços para a pintura, ao invés
de Ginger Rogers, por uma razão muito simples:
sempre fui e serei fã de Gilda, filme de 1946 e o maior
sucesso de Rita, ao lado de Glenn Ford.
Rita, no clássico noir Gilda- no auge de sua beleza- se
transformou na maior estrela da década de 40 e numa das
mulheres mais desejadas e famosas do mundo.
Rita se casou cinco vezes.
Morreu aos 69 anos, em New York, vítima do
mal de Alzheimer, doença degenerativa do cérebro.

Studio, madrugada, Miles Davis, Fred Astaire, Rita Hayworth

Dessa série de pinturas que hoje estão na Laserland
fazem parte:

BILLIE HOLIDAY
DUKE ELLINGTON
ELIS REGINA
FELLINI
FRANK SINATRA
FRED ASTAIRE E RITA HAYWORTH
MARYLIN MONROE
MARLON BRANDO
TOM JOBIM
MILES DAVIS

Marco Angeli, setembro de 2008

ELIS REGINA for LASERLAND by Angeli


Em setembro terminei uma série de dez pinturas
para a loja Laserland do Shopping Higienópolis, em São Paulo.
A Laserland é conhecida por ter em seu acervo gravações
originais principalmente de jazz e blues, e uma coleção de filmes
invejável, difíceis de se achar em outro lugar.
Elis Regina faz parte dos artistas que hoje
estão nas paredes da loja,
retratados por mim, e é um trabalho que me traz
grande satisfação, à nível pessoal.

Elis, ao lado de Brando na Laserland

Elis Regina Carvalho Costa nasceu em Porto Alegre em
em 17 de março de 1945.
Teve uma vasta e brilhante carreira como cantora
na música popular brasileira.
Elis tinha 1,53 m de altura e era carinhosamente
chamada de "Pimentinha". É considerada por
muitos como a maior cantora brasileira que já existiu.

Elis Regina, 2008, carvão e acrílico sobre tela, 183 x 110 cm

Elis começou a carreira como cantora aos onze anos de
idade em um programa de rádio para crianças,
O Clube do Guri, na Rádio Farroupilha, apresentado por
Ari Rego. Com 16 anos lançou seu primeiro LP de
uma longa série.
Sobre o início de sua carreira o produtor Walter Silva
disse à Folha de São Paulo:
"Um vendedor da gravadora Continental,
Wilson Rodrigues Poso,
a ouviu cantando, ainda menina,
aos quinze anos.

Ele sugeriu à Continental que a contratasse e em 1962
saiu
o disco dela.
Levei Elis ao meu programa, fui o primeiro a
tocar
seu disco no rádio. Naquele dia eu disse:
Menina, você
vai ser a maior cantora do Brasil. Está gravado."
E assim foi.
De 1960, quando foi contratada pela Rádio Gaúcha,
até 1967, quando apresentava o programa O Fino da Bossa,
ao lado de jair Rodrigues, foi um sucesso meteórico.
Esse sucesso originou o disco Dois na Bossa,
primeiro disco brasileiro a vender
um milhão de cópias.
No samba Elis consagrou Tiro ao Álvaro e Iracema,
do grande Adoniran Barbosa.
No antológico Festival da Record, que surgiu na década de 60,
conheceu Chico Buarque, mas desistiu de gravá-lo devido
à timidez do compositor.
Sua interpretação genial da música de Edu Lobo e
Vinicius de Moraes, Arrastão, escreveu um novo capítulo
na história da música brasileira, e inaugurou a MPB.
Era uma Elis ousada, de pouco mais de vinte anos de idade,
e uma interpretação inesquecível.

Elis Regina, detalhe

O reconhecimento veio através do Prêmio Berimbau de Ouro.
E mais tarde, o Prêmio Roquette Pinto, que a
elegeu a Melhor Cantora do Ano.
Fã incondicional de Carmem Miranda, Elis impulsionava uma
carreira não menos gloriosa. Em 1966 lançou o selo Artistas, que
gravou o primeiro disco independente produzido no Brasil:
Viva o Festival da Música Popular Brasileira.
Em 1968, na Europa, se lança no eixo da música
internacional com grande sucesso, principalmente no
Olympia de Paris.
Lá, foi a primeira artista a se apresentar duas vezes no mesmo
ano, naquela que é a mais antiga casa de espetáculos de Paris.
Elis lançou boa parte de compositores até então desconhecidos,
como Milton Nascimento, Renato Teixeira, Tim Maia,
João Bosco e Aldir Blanc, entre outros.
Milton Nascimento, inclusive, a elegeu musa inspiradora, e a ela
dedicou inúmeras composições.
Elis criticou muito a ditadura brasileira nos chamados
Anos de Chumbo, quando muitos músicos eram perseguidos
e exilados. Corajosamente engajada políticamente, sua
crítica à ditadura era pública, nas canções que
interpretava ou em suas declarações. Sua popularidade,
entretanto, a salvou da prisão ou do exílio.
A interpretação consagrada de O Bêbado e o Equilibrista,
de João Bosco e Aldir Blanc, vibrava no país como o
hino da Anistia, e coroou a volta de personalidades
brasileiras no exílio, á partir de 1979.
Um deles, importante sociólogo, era o irmão do Henfil,
o Betinho.
Em 19 de janeiro de 1982 Elis morreu em
São Paulo aos 36 anos de idade, em decorrência de uma
overdose de cocaína, tranquilizantes e álcool.
Uma morte prematura e estúpida, que gerou uma grande
comoção e privou o país de sua maior intérprete musical.

Dessa série de pinturas que hoje estão na Laserland
fazem parte:

BILLIE HOLIDAY
DUKE ELLINGTON
ELIS REGINA
FELLINI
FRANK SINATRA
FRED ASTAIRE E RITA HAYWORTH
MARYLIN MONROE
MARLON BRANDO
TOM JOBIM
MILES DAVIS

Marco Angeli, setembro de 2008

MARILYN MONROE for LASERLAND by Angeli


Em setembro terminei uma série de dez pinturas
para a loja Laserland do Shopping Higienópolis, em São Paulo.
A Laserland é conhecida por ter em seu acervo gravações
originais principalmente de jazz e blues, e uma coleção de filmes
invejável, difíceis de se achar em outro lugar.
Marilyn Monroe faz parte dos artistas que hoje
estão nas paredes da loja,
retratados por mim, e é um trabalho que me traz
grande satisfação, à nível pessoal.


Marilyn na Laserland

Norma Jean Baker, verdadeiro nome de Marilyn Monroe,
nasceu em 1 de junho de 1926 em Los Angeles.
Marilyn é uma das mais famosas estrelas do cinema,
um ícone de sensualidade do século XX.
Nunca se soube exatamente quem foi o verdadeiro pai
de Marilyn. Sua mãe era editora de filmes dos studios RKO,
e tinha problemas psiquiátricos que finalmente a impediram
de continuar a trabalhar.
Por conta de uma infância conturbada passada entre
orfanatos e casas de família, Marilyn quase que se viu
forçada, aos dezesseis anos, a se casar com Jimmy Dougherty,
de 21 anos. Dois anos depois ele seria transferido,
pela Marinha para o Pacífico Sul.
Marilyn começou então a trabalhar na rádio Plane Munition,
na Califórnia, onde foi vista pelo fotógrafo Davis Conover,
que fotografava mulheres para a revista Yank.
A então Norma Jean era o sonho de qualquer fotógrafo
e rápidamente se tornou uma modelo respeitável,
estampando seu rosto em várias capas de revista.

Marilyn Monroe, 183 x 110 cm, carvão, pastel e
acrílico
sobre canvas


Norma se inscreveu em um curso de teatro e começou
a estudar o trabalho das lendárias atrizes Jean Harlow e
Lana Turner, sonhando com o estrelato.
O marido, entretanto, retornou em 1946, o que significou para
Norma uma escolha entre a carreira ou o casamento.
Divorciaram-se em junho de 1946, e em agosto Norma
assinava seu primeiro contrato com a Twentieth Century Fox.
Pintou seu cabelo de loiro e mudou seu nome para
Marilyn Monroe, sobrenome de sua avó materna.
Marilyn era de uma beleza deslumbrante, mas seu sucesso
foi alcançado pela aparente vulnerabilidade e inocência
aliadas à sua inata sensualidade.
Se tornou querida no mundo inteiro.
Em 1953 sua performance em Niagara a transformam
numa estrela e lhe rendem os papéis principais em
Gentlemen Prefer Blondes e How To Marry a Millionaire,
com participação de Lauren Bacall e Betty Grable.
Aos 27 anos, Marilyn era a loira mais amada de Hollywood.
Marilyn se casou em 1954 de forma fulminante com o
famoso jogador de beisebol Joe DiMaggio e passou sua
lua de mel em Tóquio, onde fez uma apresentação para os
soldados americanos que serviam na Coréia.
Essa apresentação quase causou um motim entre os
soldados e incomodou claramente seu novo marido.
Nove meses depois se separaram, graças aos problemas
causados pela sua fama e sua figura sexual.
Em 1955 Marilyn queria seguir com seriedade a carreira
de atriz e mudou-se para New York, onde abriu sua própria
produtora, Marilyn Monroe Productions.
A produtora serviu para que ela mostrasse seu
verdadeiro talento e versatilidade como atriz, atuando
em filmes como Bus Stop e The Prince And The Showgirl.
Em 1959 ganha o Golden Globe pelo seu trabalho em
Some Like It Hot como melhor atriz de comédia.
Casou-se em 1956 com o dramaturgo Arthur Miller, que em
1961 escreveu o papel de Roslyn Taber no filme The Misfits
especialmente para ela.
O filme tinha a participação de Clark Gable e Montgomery Clift,
e a data de seu lançamento quase coincidiu com a
separação definitiva do casal, em 20 de janeiro de 1961.
Foi o último filme em que atuou por completo.
Entretanto, Marilyn mantinha um caso interminável
com John F. Kennedy muito antes
dele entrar na Casa Branca.

Marilyn Monroe, detalhe

Kennedy, durante uma recuperação de coluna que o
deixou imobilizado, ficou obcecado por uma foto de Marilyn
nua que alguém havia pendurado em seu quarto.
O caso entre eles perdurou mesmo durante seu casamento
com Miller. O chefe do FBI, John Edgar Hoover, grampeava
em segrêdo a suite do Carlyle Hotel, em New York, e a casa de
praia de Peter Lawford, em Santa Monica, onde se encontravam.
Quando Kennedy tentou demití-lo, Hoover usou essas
gravações para manter seu cargo. E manteve.
Marilyn amava Kennedy mas sabia que ele desejava apenas
a estrela, e não a mulher que realmente era.
E que pretendia livrar-se dela com elegância.
No Golden Globes de 1962 Marilyn foi nomeada a
"personalidade feminina favorita do cinema mundial".
Era mundialmente adorada.
Na manhã do dia 5 de agosto de 1962, aos 36 anos,
Marilyn morreu enquanto dormia em sua casa em Brentwood,
California. A versão oficial foi a de overdose causada pela
ingestão de barbitúricos, mas ninguém soube de fato o que
aconteceu naquela noite. As circunstâncias de sua morte são
extremamente misteriosas.
Ouviu-se um helicóptero durante a noite, e uma ambulância
foi vista esperando fora da casa dela antes mesmo que
a empregada desse o alarme.
As gravações de seus telefonemas desapareceram.
O relatório da autópsia foi perdido.
Os amigos de Marilyn que tentaram investigar o que
realmente acontecera receberam ameaças de morte.
Marilyn Monroe atuou em 30 filmes, deixou inacabado
Something's Got to Give e se transformou no ícone do
glamour, brilho e sensualidade do cinema mundial.

Dessa série de pinturas que hoje estão na Laserland
fazem parte:

BILLIE HOLIDAY
DUKE ELLINGTON
ELIS REGINA
FELLINI
FRANK SINATRA
FRED ASTAIRE E RITA HAYWORTH
MARILYN MONROE
MARLON BRANDO
TOM JOBIM
MILES DAVIS

Marco Angeli, setembro de 2008

FELLINI for LASERLAND by Angeli


Em setembro terminei uma série de dez pinturas
para a loja Laserland do Shopping Higienópolis, em São Paulo.
A Laserland é conhecida por ter em seu acervo gravações
originais principalmente de jazz e blues, e uma coleção de filmes
invejável, difíceis de se achar em outro lugar.
Fellini faz parte dos artistas que hoje
estão nas paredes da loja,
retratados por mim, e é um trabalho que me traz
grande satisfação, à nível pessoal.


Fellini, na Laserland: recém chegado

Federico Fellini, 183 x 110 cm, carvão, pastel e acrílico
sobre canvas, 2008

Federico Fellini nasceu em 1920 numa pequena cidade
da Itália, Rimini.
Era um excelente desenhista e caricaturista no início de
sua carreira, e logo depois começou a escrever pequenos
roteiros e piadas para comediantes.
Seus mestres foram Rossellini e Lattuada, com quem
co-dirigiu seu primeiro filme.
Com Rossellini trabalhou em "Roma, Cidade Aberta" e
"Paisá", e adquiriu conhecimento da mecânica da
produção audiovisual.
Fellini é de inspiração claramente neo-realista,
no início de sua carreira, mas à partir de "Oito e Meio" sua
imaginação e criatividade superam seu compromisso com
a realidade, e surgem o sonho, a fantasia e o grotesco
que se tornariam sua marca como cineasta.
Fellini improvisava, detestava escrever roteiros e dizia
sempre que o ideal seria transportar sua imaginação
diretamente para o filme.
Trabalhava com não-atores e não planejava sua rotina
de trabalho. Mas se cercava de grandes talentos, como
Marcello Mastroianni, Giulietta Masina, o músico Nino Rota e
o roteirista Tonino Guerra.
Fellini detestava a política e se confessava confuso com ela.
Apesar disso sua obra prima, "Amarcord", aborda temas
políticos, assim como o feroz "Ensaio de Orquestra".
Sua obra é tão marcante que virou adjetivo.
Diz-se que tal personagem é "felliniano" quando se
identifica com a estética barroca de Fellini dos anos 60 e 70.
Esse é o grande mérito de Fellini, ao criar uma marca no
cinema que será eterna, com seus exageros e o inusitado
sempre presentes, que conduzem, no entanto, à uma reflexão
séria sobre o cotidiano e a própria condição humana
de personagens quase sempre frágeis e anônimos.
Inesquecíveis: "La Nave Vá", "Julieta dos Espíritos",
e "A Doce Vida", além do próprio "Amarcord".
Fellini faz- com certeza- parte importante naquela minha
grande coleção visual, que cultivo desde que me conheço por
gente...alguns de seus personagens e cenas são
irremediávelmente gravados, eternos...
Federico Fellini morreu em 1993.


Federico Fellini, detalhe

Na Laserland, em São Paulo

Dessa série de pinturas que hoje estão na Laserland
fazem parte:

BILLIE HOLIDAY
DUKE ELLINGTON
ELIS REGINA
FELLINI
FRANK SINATRA
FRED ASTAIRE E RITA HAYWORTH
MARYLIN MONROE
MARLON BRANDO
TOM JOBIM
MILES DAVIS

Marco Angeli, setembro de 2008

MILES DAVIS for LASERLAND by Angeli


Em setembro terminei uma série de dez pinturas
para a loja Laserland do Shopping Higienópolis, em São Paulo.
A Laserland é conhecida por ter em seu acervo gravações
originais principalmente de jazz e blues, e uma coleção de filmes
invejável, difíceis de se achar em outro lugar.
Miles Davis faz parte dos artistas que hoje
estão nas paredes da loja,
retratados por mim, e é um trabalho que me traz
grande satisfação, à nível pessoal.

Marilyn, Fellini, Miles Davis e eu, setembro de 2008

A Laserland, no Shopping Higienópolis, São Paulo

Miles Davis, 183 x 110 cm, em carvão, pastel e acrílico sobre canvas

Miles Dewey Davis Jr nasceu em Illinois, em 26 de maio
de 1926. É considerado um dos mais influentes músicos
do século XX e esteve na vanguarda de quase todos os
desenvolvimentos do jazz desde a Segunda Guerra Mundial.
Participou das primeiras gravações do bebop, e do cool jazz.
Participou do desenvolvimento do jazz modal e o jazz fusion
originou-se do trabalho dele no final da década de 60 e início da
de 70. Davis pertenceu à uma classe tradicional de trumpetistas
que começou com Buddy Bolden e desenvolveu-se com
Joe "King" Oliver, Louis Armstrong, Roy Eldridge e
Dizzy Gillespie.
Nunca foi considerado dono de grande habilidade
técnica, mas seu grande mérito como músico foi o de
ir além de seu próprio instrumento e criar estilos inteiros,
maneiras diferentes de fazer música.
Em seus grupos estiveram os mais importantes músicos de jazz
da segunda metade do século XX.
Miles ganhou de seu pai um trompete, aos treze anos.
Ele declarou, mais tarde, que o presente foi
uma forma do pai irritar a esposa, hábil pianista
de blues que detestava o instrumento.

Uma das frase de Davis:
"Jazz é como o blues, mas com um pouco de heroína."
A heroína, aliás, quase sempre esteve presente em sua
vida, como na de grande parte de músicos da época.
No final da década de 60 a influência de Miles Davis se estendia
ao acid rock, à artistas funk como Sly and The Family Stone,
James Brown e Jimi Hendrix, muitos dos quais
trazidos por Betty Mabre, jovem modelo e letrista com que
Miles se casou em 1968 e se separou um ano depois.
Miles tocava com os músicos mais influentes do planeta,
abrindo shows de Steve Miller Band, Grateful Dead
e Santana.
Os albuns dele eram não raramente uma enorme influência
para outros músicos e um sucesso de vendagem, como foi o caso
de King of Blue, de 1956, considerado pela RIIA o álbum de jazz
mais vendido de todos os tempos, certificado com o disco triplo de
platina (três milhões de cópias).
Curiosamente, Davis deixou os músicos que participaram
da gravação do disco conhecerem a estrutura harmônica de
algumas composições sómente no próprio dia da gravação, o que
criou uma improvisação maravilhosa, que sempre foi uma de suas
características.

Miles Davis, detalhe

Em 1975 o grupo de Davis viajou ao Japão e ele exibia um
estado físico preocupante. Além da osteoartrite, anemia falciforme,
bursite, depressão e úlceras, Miles tinha agora
uma nova dependência de álcool e drogas,
principalmente heroína.
Em julho de 1975, depois do Festival de Jazz de Newport,
em New York, Miles Davis retirou-se quase que por
completo do público por seis anos.
Mas sua influência era enorme, e a música jazz fusion
entrava definitivamente para a história gerando frutos como
o rock New Wave, e especialmente Prince.
"Prince poderia muito bem ser o Duke Ellington do rock"
disse Miles em 1979.
Depois de se recuperar várias vezes dessa dependência,
Miles Davis amplia essa infuência, e é incluído no St. Louis Walk
of Fame, Big Band and Jazz Hall of Fame
e no Down Beat's Jazz Hall of Fame.
Miles Davis morreu em Santa Monica, California,
em 28 de setembro de 1991, e foi póstumamente incluído
no Rock and Roll Hall of Fame.

Dessa série de pinturas que hoje estão na Laserland
fazem parte:

BILLIE HOLIDAY
DUKE ELLINGTON
ELIS REGINA
FELLINI
FRANK SINATRA
FRED ASTAIRE E RITA HAYWORTH
MARYLIN MONROE
MARLON BRANDO
TOM JOBIM
MILES DAVIS

Marco Angeli, setembro de 2008

sábado, 6 de setembro de 2008

KATIA ROSSI E TIMES SQUARE by Angeli

Nós nos conhecemos há muito tempo.
Há quase dez anos atrás, ela trabalhava, sorridente e
brincalhona, numa agência de publicidade onde eu
fazia free lance de ilustração e criação.
Eu e Katia nos reencontramos há pouco e desse
reencontro surgiu a pintura de Times Square, em NY.
Quase sempre tenho a sorte de pintar o que gosto,
e nesse caso essa sorte é mais do que evidente.
Tenho feito alguns esboços de Times Square,
há um ano já, e finalmente a tela está aí.

O esboço inicial

Times Square é a mais famosa esquina do mundo.
É o encontro da Broadway com a Sétima Avenida,
em New York, na região central de Manhattan.

Início da pintura, tela de 220 x 130 cm


A sequência e o trabalho finalizado, em carvão,
acrílico e técnica mista sobre canvas.

Na Times Square está a NASDAQ, uma das principais bolsas
de valores do mundo, os stúdios da rede de televisão ABC,
os stúdios da MTV e da Virgin Records.
Além disso, lá esteve, durante muitos anos, o escritório central
do jornal New York Times, no edifício Times Building.
Times Square é o lugar mais visitado do planeta, com cerca
de 35 milhões de visitantes por ano.


Detalhes da pintura

A obra em seu destino, a casa de Katia, e Luigi,
seu filho, que achou a tela um 'charme'.

A sala de Katia e o velho Tuta, sempre na roubada comigo.

A calopsita de Kátia, agora vizinha de Times Square,
simpática e amigável.
Terei uma delas em breve, seu nome será Margaux.

Em tempo, acabo de receber este comentário da Kátia.
Impossível não colocar aqui.
Na verdade essas palavras tem um significado muito
maior do que poderia parecer.
Elas dão sentido e força à uma decisão tomada há muito
tempo atrás. E a confirmam, plenamente.
Aí está:
"Bom, um breve comentário não é suficente..
Vamos começar pelo artista, Marco Angeli.
Sempre admirei seu talento, sua criatividade e
mais que tudo, sua sensibilidade !!
Sempre sonhei em ter um trabalho dele e achei
que isso nunca aconteceria
( como a gente se engana né !? )
A escolha do tema foi discutida por nós e como bom artista
que busca não só fazer o que gosta,
passou pra tela um estilo,
um temperamento, um modo de ver a vida, enfim..
Porque a Times Square ??
Colorida, cosmopolita, barulhenta, divertida, criativa,
moderna, iluminada.
E essas são uma das "semelhanças" da rotina da minha casa,
dos meus filhos,do meu marido e de todos que aqui frequentam.
O mais curioso é que tenho a sensação que ela já é minha
há muito mais tempo !!
Arte é uma coisa difícil de traduzir em palavras né ?!?,
pois está nos olhos de quem vê, mas se eu tivesse
que traduzir essa obra em uma só palavra, diria:
INCANSÁVEL e se precisasse traduzir em uma frase diria:
em uma frase diria:"ESTOU APAIXONADA"

Kátia Rossi & J.P Paladino


Marco Angeli, setembro de 2008

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

CONTATO

Como existe uma certa dificuldade em se localizar, aqui
no blog, o e-mail do studio, e muitas pessoas acabam me pedindo,
aí vai: studio@marcoangeli.com.br.


E para o pessoal da Faculdade São Marcos,
Lilian, Ana, Fabiana e Paulo, que me procurou para
uma entrevista, mandem um e-mail para a Patrícia,
do studio, que ela agenda um dia bacana.
O e-mail é pat@marcoangeli.com.br.