Intrigante, às vezes, como algumas obras me
surpreendem.
A reação das pessoas á minha pintura é em alguns
casos imprevista, interessante.
Me surprendi exatamente por isso, há alguns dias, pela
empatia que um de meus trabalhos teve-de maneira
meio que inesperada.
A obra 'El Tango' que pintei em abril deste ano por
sugestão de Dora Santoro, artista floral que admiro, foi
resultado de alguns estudos de 2005. Neste ano procurava
imagens para retratar Buenos Aires, e acabei criando uma
tela com o tango, que incidentalmente representava
muito bem a cidade. Eu já havia fotografado, na Espanha,
as cuevas e seu flamenco, e o tema já me interessava.
A tela 'El Tango', de abril deste ano, 120 x 140 cm,
ao lado do arranjo de Dora Santoro.
Raramente uso esses temas. 'El Tango', confesso,
foi resultado da sugestão de Dora, que participou comigo
da mostra 'The Penthouses', no Tamboré. A obra fez
parte da mostra cujo tema era a mulher urbana.
Fiz um pequeno texto para apresentar a exposição, na época:
No entanto, 'El Tango' fez sucesso imediatamente.
A empatia com as pessoas foi enorme e me surpreendeu
desde o primeiro momento.
A mostra foi muito rápida e 'El Tango' acabou guardada
em meu studio, quase esquecida graças à correria em
que vivemos por aqui. Correria que adoro, por falar nisso.
Enfim, há alguns dias, ela foi levada- acidentalmente-
junto com outros trabalhos meus para a galeria em
São Paulo que me representa.
Assim que foi retirada a proteção que a embalava,
já dentro da galeria, causou paixão- á primeira vista-com uma
cliente, que também acidentalmente, visitava a galeria.
'El Tango', detalhe
A obra foi adquirida imediatamente por
Marcia de Souza Faula, a cliente 'acidental', que a
levou para Brasília, onde mora.
Eu estava por alí meio que incógnito, e foi bem
bacana presenciar essa reação.
Mais tarde fui apresentado à Marcia, que muito
gentilmente me cumprimentou pelo trabalho.
O esboço para o painel para o Café la Boca, em 2005.
A idéia era retratar Buenos Aires, ao fundo.
A pintura final tem o formato de 300 x 220 cm, e
usei carvão e acrílico sobre canvas.
Fiz ainda, nessa época, vários estudos sobre o próprio
bairro La Boca, na cidade de Buenos Aires, de que gosto
muito, talvez pela presença maçiça de imigrantes italianos,
ou talvez pelos artistas que circulam por alí o
tempo todo. E talvez ainda pela deliciosa mania que
tem seus habitantes de pendurar suas roupas,
coloridas, nas janelas de suas casas para secar ao sol.
Um dos estudos de 2005, o bairro la Boca
Buenos Aires, de 2005, esboço que não foi usado
Claro que depois dessa demonstração do poder
que essa imagem parece exercer...só me resta
desenterrar minhas velhas fotos da Espanha e suas
cuevas...e começar a ir trabalhando numa série do
flamenco...o que vou gostar muito de fazer,
devo admitir...
Marco Angeli, agosto de 2008
surpreendem.
A reação das pessoas á minha pintura é em alguns
casos imprevista, interessante.
Me surprendi exatamente por isso, há alguns dias, pela
empatia que um de meus trabalhos teve-de maneira
meio que inesperada.
A obra 'El Tango' que pintei em abril deste ano por
sugestão de Dora Santoro, artista floral que admiro, foi
resultado de alguns estudos de 2005. Neste ano procurava
imagens para retratar Buenos Aires, e acabei criando uma
tela com o tango, que incidentalmente representava
muito bem a cidade. Eu já havia fotografado, na Espanha,
as cuevas e seu flamenco, e o tema já me interessava.
A tela 'El Tango', de abril deste ano, 120 x 140 cm,
ao lado do arranjo de Dora Santoro.
Raramente uso esses temas. 'El Tango', confesso,
foi resultado da sugestão de Dora, que participou comigo
da mostra 'The Penthouses', no Tamboré. A obra fez
parte da mostra cujo tema era a mulher urbana.
Fiz um pequeno texto para apresentar a exposição, na época:
'A mulher e a paisagem urbana
A mulher, enquanto inserida na paisagem cinzenta e
gigantesca das cidades,
gigantesca das cidades,
é a presença nem sempre oculta da beleza,
da força, da sensibilidade e da cor.
A força da presença feminina está aqui e alí,
da força, da sensibilidade e da cor.
A força da presença feminina está aqui e alí,
espalhada discretamente ou não por entre os edifícios,
mostrando aos homens que o essencial
nem sempre é o concreto e o aço.
nem sempre é o concreto e o aço.
O concreto e o aço não se bastam,
falta a poesia...a poesia das mulheres, ricas ou pobres,
brancas ou negras, que ao lado dos
falta a poesia...a poesia das mulheres, ricas ou pobres,
brancas ou negras, que ao lado dos
homens constroem as metrópolis, como sempre fizeram...
Talvez o maior ícone da feminilidade sejam as flores,
frágeis e ao mesmo tempo fortes, persistentes, silenciosas...
E belas.
Esta pequena mostra é ao mesmo tempo uma homenagem
à todas asmulheres e um reconhecimento à sua presença,
à todas asmulheres e um reconhecimento à sua presença,
fundamental e indiscutível.
Como as próprias flores,
essa presença transforma a paisagem urbana,
essa presença transforma a paisagem urbana,
a humaniza, é seu coração, e traz consigo a própria vida.
Marco Angeli, abril de 2008 '
No entanto, 'El Tango' fez sucesso imediatamente.
A empatia com as pessoas foi enorme e me surpreendeu
desde o primeiro momento.
A mostra foi muito rápida e 'El Tango' acabou guardada
em meu studio, quase esquecida graças à correria em
que vivemos por aqui. Correria que adoro, por falar nisso.
Enfim, há alguns dias, ela foi levada- acidentalmente-
junto com outros trabalhos meus para a galeria em
São Paulo que me representa.
Assim que foi retirada a proteção que a embalava,
já dentro da galeria, causou paixão- á primeira vista-com uma
cliente, que também acidentalmente, visitava a galeria.
'El Tango', detalhe
A obra foi adquirida imediatamente por
Marcia de Souza Faula, a cliente 'acidental', que a
levou para Brasília, onde mora.
Eu estava por alí meio que incógnito, e foi bem
bacana presenciar essa reação.
Mais tarde fui apresentado à Marcia, que muito
gentilmente me cumprimentou pelo trabalho.
O esboço para o painel para o Café la Boca, em 2005.
A idéia era retratar Buenos Aires, ao fundo.
A pintura final tem o formato de 300 x 220 cm, e
usei carvão e acrílico sobre canvas.
Fiz ainda, nessa época, vários estudos sobre o próprio
bairro La Boca, na cidade de Buenos Aires, de que gosto
muito, talvez pela presença maçiça de imigrantes italianos,
ou talvez pelos artistas que circulam por alí o
tempo todo. E talvez ainda pela deliciosa mania que
tem seus habitantes de pendurar suas roupas,
coloridas, nas janelas de suas casas para secar ao sol.
Um dos estudos de 2005, o bairro la Boca
Buenos Aires, de 2005, esboço que não foi usado
Claro que depois dessa demonstração do poder
que essa imagem parece exercer...só me resta
desenterrar minhas velhas fotos da Espanha e suas
cuevas...e começar a ir trabalhando numa série do
flamenco...o que vou gostar muito de fazer,
devo admitir...
Marco Angeli, agosto de 2008
O movimento dos corpos numa dança que exala sedução e sensualidade, provoca no imaginário humano não querer ser um mero espectador do bailado, mas a ilusão de que está, contextualmente, fazendo parte da história. Através da pintura, traduzir estas energias, é tarefa de gente Grande.
ResponderExcluirelisa
ADOREI !!!
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