sábado, 11 de abril de 2009

NEW YORK, RIO, SÃO PAULO by Marco Angeli


Essas obras fazem parte da coleção de
Fernando Sodré Santoro, foram pintadas recentemente
e entregues a ele há alguns dias.


Times Square, NY, 130 x 100 cm, carvão e acrílico sobre canvas.
Não há como retratar Times Square sem cor, muita cor,
e foi o que fiz neste trabalho, que acaba virando
quase que uma exceção na linha que tenho seguido há anos.

Mas a mudança é interessante.
E a imagem é contemporânea, retrata NY hoje.


Times Square, detalhe.


Teatro Municipal, Rio de Janeiro, c.1930.
110 x 100 cm, carvão, pastel e acrílico sobre canvas.



Teatro Municipal, detalhe.


Candelária, Rio de Janeiro, c. 1940.
110 x 100 cm, carvão, pastel e acrílico sobre canvas.


Candelária, detalhe. A figura humana, integrante
da paisagem urbana.



Subida da Avenida Angélica, São Paulo, c. 1940.
120 x 100 cm, carvão, pastel e acrílico sobre canvas.
O padeiro sobe lentamente a avenida numa manhã
chuvosa, há muito tempo, num cotidiano da cidade
que ficou para trás.


Avenida Angélica, detalhe. A força da figura humana,
ainda que simplesmente intuída.


Avenida 9 de julho, São Paulo, c. 1950.
110 x 100 cm, carvão, pastel e acrílico sobre canvas.


9 de julho, detalhe.



Times Square, New York, hoje.
130 x 100 cm, carvão, pastel e acrílico sobre canvas.

Este trabalho, no seu final, acabou me lembrando um pouco
da obra do artista americano Edward Hooper, um dos pintures que,
junto com Norman Rockwell, retratou de maneira inesquecível
o way of life da América nos anos 50.
A obra de Hooper fez parte de minha escola, e influencia e
muito meu trabalho, quase que inconscientemente.


Times Square, detalhe.



Cinelândia, Rio de Janeiro, c. 1950.
110 x 100 cm, carvão, pastel e acrílico sobre canvas.


Cinelândia, detalhe.


Praça do Patriarca, São Paulo, 1936.
110 x 100 cm, carvão, pastel e acrílico sobre canvas.


Praça do Patriarca, detalhe.


Avenida São João, São Paulo, 1937.

110 x 100 cm, carvão, pastel e acrílico sobre canvas.


As meninas, levadas provávelmente pela mãe, e os
vestidos de bolinhas, detalhe.
Tenho e sempre tive fascinação por mulheres com vestidos
de bolinhas, acho uma covardia.
As 'pois' adicionam à qualquer mulher um charme
insuportável, um estilo irresistível, principalmente
em vestidos brancos.
E quanto mais 'petits' melhor.
Funciona com crianças também. Menininhas que usam
vestidos
com 'pois' jamais serão mulheres como as outras,
carregarão consigo o charme das pequenas bolinhas para sempre.


Praça da Bandeira, São Paulo, 1956.
110 x 100 cm, carvão, pastel e acrílico sobre canvas.
Meu pai, como o homem em minha pintura,
lia a Gazeta Esportiva nos domingos de manhã,
muitas vezes no centro da cidade. Acompanhava
as peripécias de seu time de futebol, que não poderia ser
outro além do Palestra Italia, o Palmeiras.
A presença do homem anônimo na paisagem urbana
é uma constante em meus trabalhos.
O homem que ajuda a construir e mudar a cidade é
apenas um passageiro em sua paisagem, mas suas marcas,
por menores que sejam, permanecem após seu
desaparecimento. O anônimo desaparecerá sim, e a cidade
continuará em sua eterna mutação, mas ele estará,
eventualmente, retratado em trabalhos como o meu.


Praça da Bandeira, detalhe.

Darei sequência, provávelmente, ás pinturas de New York,
que estarei colocando por aqui oportunamente.

Marco Angeli, abril de 2009

3 comentários:

  1. Todas as telas estão impecavelmente maravilhosas. Quem tiver o prazer de ficar com elas e desfrutá-las, terá para sempre algo além da arte: UM PEDACINHO DA ALMA DO PRÓPRIO ARTISTA, MARCO ANGELI. PARABÉNS!!!!

    elisa

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  2. QUE TRABALHO MARAVILHOSO! PRAZER EM CONHECÊ-LO. JACQUE.

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  3. do caralhooo!!! queria só saber o pq da representação antiga...por acaso são de recordações do autor?....

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