Nestes dias que antecedem o carnaval, como em todo o ano,
levantam-se várias questões, algumas de ordem social.
Uma delas -interessante- é sobre o uso de preservativos,
já que parece que essa festa intensifica e é considerada a época
em que mais se pratica sexo de todas as formas imagináveis.
A festa do sexo, talvez.
Elocubrações desse tipo à parte, coincidentemente recebo de
meu amigo e grande advogado, Doutor Ursulino, seu livro recém
lançado, 'Aids e Celebridades, mito e verdade'.
O livro discorre sobre a ineficácia e insegurança no uso dos preservativos,
especialmente a camisinha, como o principal inibidor da
disseminação dessa doença terrível.
especialmente a camisinha, como o principal inibidor da
disseminação dessa doença terrível.
Segundo o autor, há que se colocar que não há garantia de 100%
quanto ao poder das camisinhas em impedir o contato com o vírus,
já que existe uma certa porosidade no material de que são confeccionadas
que pode permitir sua passagem e consequente contaminação.
As palavras do próprio autor:
'O Workshop Summary revela que o preservativo é capaz de reduzir
o perigo de contaminação de Aids/HIV em 85%.
Isto significa que há um risco de 15%.
Este dado não deve permanecer desconhecido, pois muitos
usuários, inclusive jovens, pensam que o preservativo
garante segurança total.'
É para se pensar. Há realmente a crença generalizada
de que as camisinhas são infalíveis, a não ser em casos de
acidentes de percurso...
Se isso não for totalmente verdadeiro pode ser uma crença desastrosa
principalmente para a saúde dos jovens.
É necessário, portanto, que se elucide -e tal papel é de
responsabilidade dos orgãos de saúde do governo- qual é verdadeiramente
o papel e a eficácia da camisinha na prevenção dessa e outras
doenças sexualmente transmissíveis.
A camisinha: infalível?
O livro argumenta que todos os materiais tem porosidade,
O livro argumenta que todos os materiais tem porosidade,
inclusive o aço em determinado grau.
O latex, material de que são confeccionados os preservativos,
tem porosidade de 3 micron (ou micra), segundo o Dr. Ursulino, enquanto
o vírus do HIV tem apenas 1 micron. Três vezes menor, portanto.
Isso, claro, facilita sua passagem e posterior contaminação.
O texto questiona ainda o papel da mídia diante do assunto,
ao afirmar a infalibilidade da camisinha,
como no caso do programa Fantástico que veiculou a história
de uma senhora que teve o marido morto pela doença e hoje vive
com outro companheiro, que se diz completamente protegido pelo
uso de preservativos.
Segundo o Dr. Ursulino e seu livro, a informação é errônea, e, a bem
da saúde e da vida, deveria ser veiculada corretamente.
Seja como for, tenho especialmente uma certa desconfiança em
considerar que exista uma fórmula infalível para se prevenir a
contaminação por HIV ou outras doenças sexualmente transmissíveis.
Na realidade, acredito que o centro dessa questão acaba sendo a
conduta sexual dos indivíduos, e isso tem implicações de ordem moral,
filosófica...e é um tema controverso e espinhoso para muitas
religiões, à exemplo da católica, que repudia o uso de preservativos.
Numa atitude que é, no minimo, anacrônica e absurda,
de cegueira em relação ao mundo em que vivemos.
A mídia irresponsável, por sua vez -a exemplo da rede Globo-
estimula o sexo indiscriminadamente, e talvez seja ela mesma a
responsável por distorcer uma festa como o carnaval e transformá-la numa
festa do sexo sem limite. Talvez.
.........................................................................................
Suposições talvez, mas...uma coisa entretanto é importante:
Que cada um cuide do seu. Nunca se sabe.
Marco Angeli, fevereiro de 2011