A MADRID DE CAROL CARLONI by Marco Angeli

Carol Carloni é uma das sócias da Megaphoto, que representa
fotógrafos e artistas em São Paulo e comercializa
as imagens junto ás agências de propaganda, arquitetos,
empresas de marketing, etc.
Trabalhamos juntos - a Megaphoto me representa em São Paulo,
juntamente com alguns artistas expressivos - entre eles o
fotógrafo Alex Solleto, ex diretor de fotografia da Isto É,
meu amigo e grande profissional.
No final de 2007 conversamos sobre uma pintura para sua
nova casa, e já que ela morou em Madrid durante alguns anos,
cidade que eu adoro, sugeri que pintássemos a
a cidade na década de 40.
A idéia nos entusiasmou e foi um prazer vasculhar fotos antigas
de Madrid, linda e charmosa como sempre foi.
Eu tinha pintado para o Ópera Bar, há alguns anos, a cidade
de São Paulo em 3 módulos, e o resultado foi bem bacana.
Foi o que sugeri que fizéssemos, trabalhássemos em módulos.
O trabalho para o Ópera íncluiu também uma galeria de pinturas
de alguns artistas da música relacionados á cidade, como
Adoniram Barbosa, Chico Buarque, Elis Regina...
O Ópera está em São Paulo, na Pedroso de Morais, para os que
quiserem conhecer...a música ao vivo é excelente e traz artistas
que são uma raridade de se ver, como o pessoal da
Jovem Guarda...Martinha, Jerry Adriane etc. Para quem curte...

O painel do Ópera, em 2004, 4 x 2 mts de altura

O esboço para o painel de Madrid, em 4 módulos

Detalhe da pintura original, a menina da mala

A pintura, finalmente, representa o cruzamento entre
a calle de Alcalà e a calle de Sevilla, c. 1940.
O formato da pintura total é de 2,65 x 1,86 mts de altura,
e a técnica é carvão e acrílico sobre canvas, inteiramente
em branco e preto. Foi colocada em janeiro de 2008.
Para mim esta pintura tem um valor emocional grande,
e para a Carol, marca uma época importante de sua vida.
Cada uma dessas imagens, dessas obras, tem sempre
um conteúdo oculto que transcende sua própria
aparência, seu próprio resultado.
Está incluso em cada traço, em cada pincelada, e
permanecerá sempre, como uma espécie de assinatura
invisível, mas perceptível...

Marco Angeli, fevereiro de 2008