segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

AIDS E CELEBRIDADES by Marco Angeli


Nestes dias que antecedem o carnaval, como em todo o ano,
levantam-se várias questões, algumas de ordem social.
Uma delas -interessante- é sobre o uso de preservativos,
já que parece que essa festa intensifica e é considerada a época
em que mais se pratica sexo de todas as formas imagináveis.
A festa do sexo, talvez.
Elocubrações desse tipo à parte, coincidentemente recebo de
meu amigo e grande advogado, Doutor Ursulino, seu livro recém
lançado, 'Aids e Celebridades, mito e verdade'.
O livro discorre sobre a ineficácia e insegurança no uso dos preservativos,
especialmente a camisinha, como o principal inibidor da
disseminação dessa doença terrível.


Segundo o autor, há que se colocar que não há garantia de 100%
quanto ao poder das camisinhas em impedir o contato com o vírus,
já que existe uma certa porosidade no material de que são confeccionadas
que pode permitir sua passagem e consequente contaminação.
As palavras do próprio autor:

'O Workshop Summary revela que o preservativo é capaz de reduzir 
o perigo de contaminação de Aids/HIV em 85%. 
Isto significa que há um risco de 15%. 
Este dado não deve permanecer desconhecido, pois muitos
usuários, inclusive jovens, pensam que o preservativo
garante segurança total.'

É para se pensar. Há realmente a crença generalizada
de que as camisinhas são infalíveis, a não ser em casos de
acidentes de percurso...
Se isso não for totalmente verdadeiro pode ser uma crença desastrosa
principalmente para a saúde dos jovens.
É necessário, portanto, que se elucide -e tal papel é de
responsabilidade dos orgãos de saúde do governo- qual é verdadeiramente
o papel e a eficácia da camisinha na prevenção dessa e outras
doenças sexualmente transmissíveis.

A camisinha: infalível?

 O livro argumenta que todos os materiais tem porosidade,
inclusive o aço em determinado grau.
O latex, material de que são confeccionados os preservativos,
tem porosidade de 3 micron (ou micra), segundo o Dr. Ursulino, enquanto
o vírus do HIV tem apenas 1 micron. Três vezes menor, portanto.
Isso, claro, facilita sua passagem e posterior contaminação.
O texto questiona ainda o papel da mídia diante do assunto,
ao afirmar a infalibilidade da camisinha,
como no caso do programa Fantástico que veiculou a história
de uma senhora que teve o marido morto pela doença e hoje vive
com outro companheiro, que se diz completamente protegido pelo
uso de preservativos.
Segundo o Dr. Ursulino e seu livro, a informação é errônea, e, a bem
da saúde e da vida, deveria ser veiculada corretamente.


Seja como for, tenho especialmente uma certa desconfiança em
considerar que exista uma fórmula infalível para se prevenir a 
contaminação por HIV ou outras doenças sexualmente transmissíveis.
Na realidade, acredito que o centro dessa questão acaba sendo a 
conduta sexual dos indivíduos, e isso tem implicações de ordem moral,
filosófica...e é um tema controverso e espinhoso para muitas
religiões, à exemplo da católica, que repudia o uso de preservativos.
Numa atitude que é, no minimo, anacrônica e absurda,
de cegueira em relação ao mundo em que vivemos.
A mídia irresponsável, por sua vez -a exemplo da rede Globo-
estimula o sexo indiscriminadamente, e talvez seja ela mesma a
responsável por distorcer uma festa como o carnaval e transformá-la numa
festa do sexo sem limite. Talvez.
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Suposições talvez, mas...uma coisa entretanto é importante:
Que cada um cuide do seu. Nunca se sabe.

Marco Angeli, fevereiro de 2011

2 comentários:

  1. Criatura, tô até com calo no dedo de tanto entrar no blog para ver se tem alguma coisa nova e...........nada. Esqueceu de seus leitores? Todo mundo gosta de seus escritos. Então ao trabalho. VAI!

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  2. Tenho certeza de que seus leitores, estão estranhando a ausencia de suas publicações. Seus textos fazem falta. O universo de sua alma está além de suas telas, compõe-se também de palavras que, ordenadas no RETRATOS DA VIDA nos dão a grata satisfação de fazer parte de seu mundo.
    "TUDO VALE A PENA QUANDO A ALMA NÃO É PEQUENA"

    abs
    elisa

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