Em setembro terminei uma série de dez pinturas
A Laserland é conhecida por ter em seu acervo gravações
originais principalmente de jazz e blues, e uma coleção de filmes
invejável, difíceis de se achar em outro lugar.
Frank Sinatra faz parte dos artistas que hoje
estão nas paredes da loja,
retratados por mim, e é um trabalho que me traz
grande satisfação, à nível pessoal.
Na Laserland, parede esquerda: Marilyn, Sinatra,
Billie Holiday, The Duke e Tom Jobim
Sinatra, detalhe
Francis Albert Sinatra nasceu em 12 de dezembro de 1915,
em Hoboken, EUA. Filho único, jamais estudou música.
Autodidata, abandonou o último ano do curso
secundário para começar a cantar.
Começou cantando em clubes de New Jersey e
fazendo apresentações em emissoras de rádio.
Em 1938 ganhou um concurso de rádio, foi descoberto
e passou a integrar a banda de Harry James.
Mais tarde fez sucesso como crooner na banda de
Tommy Dorsey e participou de seu primeiro filme,
Noites de Rumba, de 1941. Na mesma década participou
de mais uma dezena de filmes e iniciou uma bem
sucedida carreira solo como cantor. Uma de suas primeiras
gravações foi Night and Day, de Cole Porter.
Tornou-se um ídolo para os jovens.
Multidões esperavam na porta de seus shows.
Participou da campanha de Franklin Delano Roosevelt
para a presidência dos EUA, quando seus discos
alcançavam a marca de vendagem de 10 milhões de
cópias ao ano. Sinatra passa a ser conhecido como
The Voice.
Frank Sinatra, 183 x 110 cm, carvão, pastel e acrílico sobre tela
No início dos anos 50 foi acusado de envolver-se com o
crime organizado, mais especialmente com a Máfia.
Anthony Summers e sua mulher Robbyn Swan escreveram
recentemente uma biografia do cantor que o liga
estreitamente à Máfia, em casos de corrupção,
espancamentos, contrabando de bebidas, traição
e mortes, num roteiro digno de um filme
de gangster.
Na biografia o comediante Jerry Lewis conta que
Sinatra transportou dinheiro da Máfia em várias
ocasiões, e quase foi pego em uma delas.
Foi parado na alfândega, em New York, voltando de viagem.
O fiscal desistiu de revistar sua mala devido á
confusão que fazia a multidão de fãs, acotovelados atrás do
cantor. Se tivesse insistido na revista, teria descoberto os
3,5 milhões de dólares em sua mala, em notas de US$ 50.
Na mesma época seu caso com a atriz Ava Gardner era
público e um escândalo, já que Sinatra era casado com
Naancy Barbato, com quem tinha 3 filhos.
Sua popularidade caía, mas em 1953, com o
lançamento do filme A Um Passo da Eternidade, com
a sua magnífica atuação, ganha o Oscar de melhor ator
coadjuvante. Em 1955 é novamente indicado como melhor
ator pela sua atuação em O Homem do Braço de Ouro.
Nas duas décadas seguintes Sinatra fez em média um filme por
ano e sua carreira de cantor juntava milhões de fãs
por todo o mundo, que compravam seus discos e
assistiam às memoráveis apresentações do
blue eyes, como ficou conhecido.
Trabalhando agora para a Capitol Records, conquistou
3 álbuns de platina.
Na época aproximou-se da Bossa Nova, gravando
composições de Tom Jobim.
Participou de alguns filmes nas décadas de 70 e 80.
Em 1988 emprestou sua voz para a animação
Uma Cilada Para Roger Rabbit.
Frank Sinatra encerrou sua carreira de cantor aos
80 anos, em 1995.
Morreu 3 anos depois em Los Angeles, em 14 de maio de
1998, de um ataque cardíaco.
A Laserland e seus artistas, em São Paulo: Shopping Higienópolis.
Dessa série de pinturas que hoje estão na Laserland
fazem parte:
BILLIE HOLIDAY
DUKE ELLINGTON
ELIS REGINA
FELLINI
FRANK SINATRA
FRED ASTAIRE E RITA HAYWORTH
MARYLIN MONROE
MARLON BRANDO
TOM JOBIM
MILES DAVIS
Marco Angeli, setembro de 2008