quarta-feira, 14 de novembro de 2012

CAZUZA by Marco Angeli


Da série artistas brasileiros, Cazuza,
o poeta de vida breve, que a vida levou.

Agenor de Miranda Araujo Neto, original, 21 x 29 cm.
Caneta tinteiro sobre papel pergaminho.

Agenor de Miranda Araujo Neto, arte original para reprodução.


Os giclees e reproduções deste trabalho estão em:

 Only at our store you can find exclusive posters and panels 
assembled with a frame and glass, printed on wood
and with other kinds of finishing. 
We are at Rua Oscar Freire, 156, Jardins, São Paulo.
 PHONE: 11 3081 6142
From Mondays to Fridays, from 10a.m. to 7p.m. 
Saturdays, from 11a.m. to 6p.m.


 As Tshirts com este trabalho estão em:



Série Artistas Brasileiros, novembro de 2012

RAUL SEIXAS by Marco Angeli


Da série artistas brasileiros, Raul Santos Seixas,
essa metamorfose ambulante do rock'n roll.

Raul Santos Seixas, original, 21 x 29 cm.
Caneta tinteiro sobre papel pergaminho.

Raul Santos Seixas, arte original para reprodução.

Os giclees e reproduções deste trabalho estão em:

Only at our store you can find exclusive posters
 and panels assembled with a frame and glass,
printed on wood and with other kinds of finishing.
 We are at Rua Oscar Freire, 156, Jardins, São Paulo.
 PHONE: 11 3081 6142
From Mondays to Fridays, from 10a.m. to 7p.m. 

Saturdays, from 11a.m. to 6p.m.


As Tshirts com este trabalho estão em:



Série Artistas Brasileiros, novembro de 2012


terça-feira, 4 de setembro de 2012

JACK KEROUAC, ON THE ROAD by Marco Angeli


Reli On The Road finalmente, com um intervalo de quase 40 anos.
A intensidade com que me atingiu, dessa vez, foi com certeza
maior do que a primeira, quando eu tinha uns 16 anos apenas,
e de certa forma estávamos imersos numa realidade que
seu manuscrito, uns quinze anos antes, havia
previsto com tanta intensidade.

Jean-Louis Lebris de Kerouac, ou Jack Kerouac

Bob Dylan declarou que On The Road mudou sua vida.
Mas ainda é pouco para tentar definir o manuscrito de Jack Kerouac,
escrito em 1951, e que colocou na história os beats, os hipsters -espécie
de visionários- e toda uma cultura americana underground,
que existia, arfante e ardente, nas marginais da sociedade
da América pós-guerra, na voz do povo das estradas poeirentas.
Estar diante do manuscrito original -agora- de Jack Kerouac, escrito
de um folêgo só em três semanas, num rolo de papel de 36 metros,
depois de dois anos de ensaios...é exatamente como parar desavisado
diante de uma pintura que imediatamente te arrebata, eriça os pelos
de tua nuca e te transporta para cada gesto do pintor, cada
pincelada sobre o canvas.


Aliás, o próprio Kerouac, entusiasmado em descobrir novas
maneiras de escrever e se livrar da tradição do romance bem
composto europeu, definia sua própria técnica como sketching, esboço
sem correções, escrito num fluxo só, sem parar.
Por essas e outras On The Road é mesmo a bíblia da geração beat,
 influenciou as gerações subsequentes fortemente, e hoje,
62 anos depois, é estranhamente contemporâneo, numa
sociedade global cada vez mais regrada, comportada e
forçosamente 'políticamente correta'.
On The Road colocou Jack Kerouac, ou Jean-Louis Lebris de Kerouac,
nascido em 12 de março de 1922 em Massachussets, na galeria
dos maiores escritores americanos, especialmente
do período pós-guerra.
Kerouac escreveu o manuscrito em abril de 1951, escutando
jazz num velho rádio, curtindo café e benzedrina o tempo todo,
e o terminou em 3 semanas.

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Do manuscrito original de On The Road:
(...) Eu podia ouvir tudo, os sons da rua se misturavam ao
zumbido do néon do meu hotel. Nunca me senti tão triste em toda
a minha vida. L.A. é a mais solitária e brutal de todas as cidades
americanas; em Nova York fica frio pra cacete durante o inverno mas
existe um doido sentimento de camaradagem em algum lugar em
algumas ruas. L.A é uma selva. A rua South Main, por onde Bea e eu
perambulávamos comendo cachorros-quentes, era um fantástico carnaval
de luzes e loucura. Policiais de coturno revistavam pessoas em
praticamente cada esquina. As calçadas fervilhavam com os
personagens mais maltrapilhos da nação---tudo isso sob aquelas
suaves estrelas do sul da Califórnia que estão perdidas na aura escura
desse enorme acampamento no deserto que L.A. de fato é. Você
podia sentir o cheiro da erva, de baseado, quer dizer maconha flutuando
no ar, junto com o de chili e cerveja. Aquele grandioso e selvagem
som de bop flutuava das cervejarias; mesclava-se em misturas com todas
as espécies de caubói e boogiewoogie dentro da noite americana.
(...)Negros muito loucos com bonés bop e cavanhaques passavam
ás gargalhadas; depois hipsters cabeludos e deprimidos
recém-saídos da rota 66 de Nova York, e então velhos ratos
do deserto com suas mochilas indo em direção a um banco de parque
na Plaza, logo a seguir pastores metodistas com as mangas
arregaçadas, e um eventual garoto santo e naturalista de
barba e sandália. Eu queria conhecer todos eles, conversar
com todo mundo(...) 

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Mas o livro só seria publicado em 1957, anos depois e inúmeras
modificações depois, sempre exigidas por editores e feitas
por Kerouac, em tentativas frustradas para editar seu
manuscrito. A edição final troca inclusive os nomes verdadeiros
dos personagens, exigência das editoras, com paura de
eventuais processos. Assim, Neal Cassady
vira, na edição publicada em 1957, Dean Moriarty e o próprio
Jack, Sal Paradise.
Kerouac faleceu em 1969, na Flórida, aos 47 anos,
de cirrose hepática.

Na estrada, Kerouac e seus personagens buscam e buscam
o significado para a vida, o conhecimento, a sensação da
noite americana...e o significado está lá adiante, sempre e sempre,
sem jamais ser alcançado. Mas o caminho percorrido nessa busca
talvez seja o que realmente importa. A estrada.
A estrada estendida diante de Kerouac, em 1951,
e hoje ainda...estendida á nossa frente.

Marco Angeli, setembro de 2012

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

ARTEIRA, ARTE PRA VESTIR by Fabiana Vianna


Desde a antigüidade o homem convive com a camiseta.
Os antigos romanos já ensaiavam seu corte em uma túnica dupla,
 chamada camisia, feita geralmente em linho.
É a ancestral das nossas camisetas, que eram usadas como roupa de baixo.
Até início do século XX , ainda restrita a Europa,
 continua sendo usada como roupa de baixo.
Durante a 1ª Guerra Mundial soldados europeus usam, por baixo dos uniformes,
 confortáveis camisetas feitas em algodão.
 Os americanos adoram a novidade e a levam para os Estados Unidos.
 O design em formato de ‘T’ leva a peça a ficar conhecida como T-shirt, em inglês.
Quando chega a 2ª Guerra mundial a camiseta é peça-chave
 no uniforme da Marinha e do exército americano.
Ainda é considerada como roupa de baixo, para proteger
 da transpiração e frio, mas o público começa a se acostumar a ver
 em revistas fotos dos soldados apenas com ela e sem camisa por cima.

Marlon Brando muda o conceito de t-shirt ser roupa de baixo,
 aparecendo vestindo uma no filme, ‘Um bonde chamado desejo’, em 1951.
A peça valoriza os músculos de Brando, fazendo suas fãs venerarem
 a nova moda masculina.
A partir dessa época, a camiseta sem camisa por cima passa a fazer parte
 da vida das pessoas.
Brando, arte de Marco Angeli

 Em 1955, James Dean aparece de camiseta em ‘Juventude Transviada’,
 virando sinônimo de rebeldia e contestação, marcando uma época.
Nós, mulheres só começamos usar as T-shirts nos anos 60,
vestindo as cores psicodélicas dos hippies e trazendo mensagens pacifistas,
na linha de “Faça amor, não faça guerra”nos movimentos
 anti-guerra e a favor da liberdade.
James Dean, arte de Marco Angeli

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Fundamental para uma mudança de comportamento e na maneira
de se vestir dos jovens de todo o mundo foi a obra de Jack Kerouac, On The Road,
escrita em 1951 e publicada em 57.

Considerada a biblia da geração Beat, influenciou toda uma geração
de artistas como Bob Dylan ou James Dean,
e consequentemente todas as gerações posteriores.
O estilo rebelde de James Dean, com suas calças Levi's surradas
e Tshirt brancas virou uma marca que existe e
é fashion até hoje. 

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Nos anos 80, década dos yuppies, ela muda novamente sua cara passando
 a ser fashion, um símbolo de ostentação de dinheiro e poder,
 e a camiseta começa a ter seu espaço nas grandes grifes.
Atualmente, uma bela t-shirt é peça coringa no armário de qualquer pessoa,
 tenha ela a ocupação que tiver.
Se for diferenciada pela qualidade e bom gosto, e estiver com a
composição adequada
 pode-se ir a qualquer lugar com certeza de elegância e sofisticação no trabalho,
 nas festas ou ao jantar com o namorado sem medo de errar.
Tshirts, sofisticada e criativa maneira de usar arte.

 No armário da mulher moderna, com os acessórios corretos uma t-shirt
 vira estrela no vestuário cotidiano, é uma peça que nos dá várias
 possibilidades de composições, com short, saia e seu
 companheiro eterno: o jeans de James Dean.

Minha marca, Arteira ©- Arte para vestir, se propõe a reproduzir fielmente
obras de arte contemporânea
 em objetos do cotidiano, como uma tshirt.
Significa literalmente carregar no dia-dia uma obra de arte que te toque,
que lhe faça sentir alguma emoção, e te diferencie.
Algumas Tshirts da Arteira, com obras de arte.

John Lennon na Tshirt da Arteira

Democratizar as obras de arte, torná-las possíveis para qualquer pessoa que a ame,
sob a forma de uma sofisticada Tshirt,
é a maneira mais direta de convivência com a obra do
seu artista favorito, usando-a sobre o corpo.
Outros objetos também podem ser encontrados por aqui,
como as lindas almofadas, pratos decorativos e em breve as cangas,
 que virão com tudo nesse próximo verão!!
A embalagem das Tshirts Arteira, muito bacana
Acima, a Tshirt de minha cidade, Guarátingueta.
Abaixo, as gravuras ou giclees, em reproduções limitadas e assinadas.

A Arteira - Arte para vestir, ainda pensando nessa democratização da arte
 disponibiliza também as reproduções limitadas, datadas e assinadas das pinturas
 em giclées (gravuras), sendo uma forma de obter uma obra do artista
 com alta qualidade por um valor bem mais acessível que seu original.
 Almofadas Arteira, sofisticadas e elegantes
Tentei buscar algumas formas de levar arte para o cotidiano das pessoas
 de forma simples, objetiva e funcional.
 Quem disse que arte não tem movimento? 

Quem ama arte pode e deve usar.
Se você ama arte, use e conviva com ela. 
Fabiana Vianna, agosto de 2012

Em tempo, Fabi Vianna é minha mulher, namorada, amante,
companheira, amiga e...fatalmente...minha musa.
Sua marca, Arteira, traz consigo o jeitinho de tudo
o que ela faz: amor, carinho, e dedicação. 
Sucesso! 

Marco Angeli
 
 

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

BAYER DO BRASIL, PINTURAS by Marco Angeli


No final do ano passado a Megaron Arquitetura iniciou um
projeto para a reforma das dependências da presidência
da Bayer do Brasil, em São Paulo.
O projeto do arquiteto Anderson Mailho - parceiro de muitos trabalhos-
 previa algumas pinturas para a sala de reuniões da presidência,
e para o coffee break.
Em dezembro foi dado pela diretoria o ok para o início e comecei
a desenhar os esboços para as pinturas.
Para a pintura principal, um painel de quase seis metros de largura, que
ficaria na sala de reuniões da presidência, eu deveria me referir
óbviamente á empresa, mas, devido a complexidade
da atuação e atividades da Bayer, esse espaço não poderia ter a pretensão de mostrar
sua história...

Alguns esboços da fase final, e modificações.

Comecei pelo início óbvio, com o fundador da empresa,
Adolf von Bayer, e com o primeiro produto importante dela:
a Aspirina, marca conhecida em todo o mundo.
Mais tarde, durante a elaboração dos esboços, com a colaboração
de Luis Laurini e Paulo Pereira, ambos da Bayer - respectivamente
o arquiteto responsável e diretor de comunicação corporativa-
resolvi desenhar a empresa conceitualmente através de seus três
segmentos principais, HealthCare, CropScience e MaterialScience,
que incorporam dezenas de atividades secundárias e formam
o perfil das atividades da Bayer.
Desenhei a presença humana direta, extremamente importante nesse processo,
na representação da maternidade e na assistência social executada
pela empresa em Belfort Roxo, Rio de Janeiro.
Um dos primeiros esboços continha uma das sedes importantes da Bayer na China,
que substituímos mais tarde pela sede da empresa
no Brasil, em São Paulo.
No início do ano as reformas foram iniciadas e em junho eu tinha o ok
para iniciar as pinturas, com todos os ajustes já aprovados nos esboços.

As pinturas no studio, em São Paulo

Clenir Bellezi de Oliveira, grande escritora, grande pensadora
e grande amiga, que acompanhou o trabalho desde seu início,
e com suas observações me ajudou muito.
Sendo publicado agora, pela FTD Editora,
seu Literatura em Contexto: Arte Literária Luso-Brasileira,
obra fantástica de 850 páginas.

Há alguns dias, a instalação da pintura na sala de reunião
da presidência da Bayer.

Tuta Lupetti com a equipe da Bayer, dando uma força

Detalhes: o início. Adolf Von Bayer e o pequeno
caminhão da Aspirina, nos anos 20

Detalhe: a Bayer Crop Science, de pesquisa e biotecnologia,
e a MaterialScience, de desenvolvimento de energia
renovável e pesquisa científica.

Detalhe: a Bayer HealthCare, de prevenção, diagnóstico
e produção de medicamentos inclusive para a saúde animal.

Instalação, o final de um processo de muito tempo atrás.

Detalhe: Bayer MaterialScience e o avião movido à energia solar,
e a sede da Bayer em São Paulo.

Detalhe: o início e a razão de tudo, a nova vida.

Detalhes: o futebol do Bayer e a assistência social em
Belfort Roxo, Rio de Janeiro.

O hall da recepção da sala da presidência, São Paulo

Há alguns dias, finalmente instalamos os painéis.
O resultado desse trabalho, acredito, foi extremamente gratificante
para todos nós que participamos dele.

A pintura finalmente em seu destino: a sala de reunião da presidência.

Ao lado, a sala de almoço com sua pintura.

Marco e Anderson: mais um trabalho de uma longa e
gratificante parceria.

Para mim especialmente, já que gosto de trabalhar com temas desafiantes
como esse, onde a imagem tem necessáriamente
que cumprir um papel e expressar idéias e conceitos claros.
O resultado está aqui.

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Uma frase:
De Theo van der Loo, presidente do Grupo Bayer no Brasil,
ao ver pela primeira vez a pintura na sala da presidência:
"Essa pintura é histórica!"


Meus agradecimentos ao Anderson da Megaron, velho parceiro,
à Luis Laurini, da engenharia da Bayer, à Paulo Pereira, diretor
de Comunicação Corporativa, à equipe que nos ajudou na instalação
na empresa, ao Tuta Lupetti e Victor Angeli,
e finalmente á Clenir Bellezi de Oliveira, pela força.


Marco Angeli, agosto de 2012