sábado, 22 de novembro de 2008

O RETRATO DA VIDA by Marco Angeli

Em dezembro fazem dois anos que escrevo e coloco imagens
neste blog, nem sempre com a frequência que
desejaria, mas é sempre um prazer, quando possível.
Chamei este espaço de Retratos da Vida porque a vida e
suas imagens me fascinam.
Uma imagem, já disseram à exaustão, tem a força
de mil palavras. Mas não é só isso. Uma imagem pode
ter milhares de interpretações, milhares de conotações,
dependendo de sua forma, de sua textura.
Algumas, entretanto, são ícones. Como as imagens da tragédia
do voo 3054 da TAM, que coloquei aqui.
Como o Masp, que pintei, um ícone de São Paulo.
Como esta que coloco aqui hoje, talvez o ícone da
vida mais forte de todos.

Um novo Angelizinho descansa, calmo, esperando
o
carnaval que logo logo vai chegar.

Não importam mesmo as tragédias, o caos urbano
em que vivemos, a violência, a dureza desta vida
que enfrentamos todos os dias.
O que importa mesmo é essa imagem do menino que
é filho de meu irmão, esperando a vida.
Ou melhor, já fazendo parte dela, mesmo quietinho, sereno.


Um Angeli novinho: primeiras imagens

Lembro hoje da preocupação, da emoção, da felicidade
gigantesca que foi o nascimento de meu filho.
E da consciência clara que tive, ao ver pela primeira vez
o menino que se chamaria Victor, do movimento
incessante dessa roda que não para nunca de girar
e girar, alimentando o ciclo do que chamamos vida.
Seja dura ou leve, alegre ou triste, fácil ou difícil,
isso jamais fará diferença.
Porque terá valido a pena.

Boa sorte pro Angelizinho, e parabéns pro Miltão
e pra Ruth.
E esperamos todos, claro, que ele seja muito cabeludo.

Marco Angeli, novembro de 2008

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

FLAVIO NARA E O MASP by Marco Angeli

Assim que pintei o 'Times Square" de Katia, ela
me apresentou ao Flavio Nara, diretor de mídia
da Z+, a agência de propaganda.
Flavio é uma pessoa muito simpática, e o mesmo se
aplica à sua namorada Ana e seu cachorro.
Hunter (o cachorro) acompanhou interessado todo o processo
de criação desta pintura.

O Masp e a Paulista, acrílico sobre canvas, 270 x 125 cm

Na verdade todos participamos deste trabalho, e o resultado
-conceitualmente semelhante á pintura que fiz pra Katia-
foi gratificante pra todos nós.
Essa pintura, essa imagem, hoje faz parte do cotidiano
visual de Hunter, e espero que ele curta.
Como a reação do Flavio e da Ana foram muito bacanas,
pedi a ele que escrevesse sobre a obra:

"Durante muito tempo eu planejei uma tela grande
para aquela parede idem.
O problema era encontrar uma obra que se adequasse
tanto ao tema quanto à dimensão e ao bolso.
Os anos foram passando e a parede lá... em branco...
à espera do trabalho que a ornaria.
Até que me ocorreu celebrar a minha cidadania paulistana.
A cidade da qual me orgulho.
Cosmopolita. A cidade que pode ser japonesa,
italiana, portuguesa, boliviana ou americana.
Qual o símbolo dela? Não existe somente um.
Qual escolher? Que tal o símbolo da arte e da cultura
na sua parte mais alta e na principal avenida?
Foi o que pedi ao Marco.
Ele captou sem esforço o que eu pretendia
e principalmente, executou com arte."

A sala de Flavio e o Masp

Não foi nada difícil, claro.
O Masp, a Paulista e a cidade estão em meus olhos,
na minha mente, em meu coração.
Assim, eu e o Flavio acabamos celebrando juntos,
como ele disse, nossa cidadania paulistana.

Marco Angeli, novembro de 2008

Ps.: As cores...em alguns de meus últimos trabalhos,
elas voltaram com força...me diverte esse exercício,
como sempre divertiu.


quarta-feira, 5 de novembro de 2008

GALERIA ARTE APLICADA by Marco Angeli

Trabalho há alguns anos com a galeria Arte Aplicada,
em São Paulo, de Sabina de Libman.

Galeria Arte Aplicada, em São Paulo

Nossa relação sempre foi bacana, tranquila, e contribuiu
sempre para que meu trabalho melhorasse, com o passar
do tempo e o olho crítico de Sabina.
Fui levado à Arte Aplicada por Herton Roitmann, grande
amigo e um artista que admiro, por todo seu
currículo, que começou como dirtetor de
cenografia do teatro do Itaú.
A Arte Aplicada tem em seu acervo pintores como
Claudio Tozzi, J. Matter, Ayao, A. Ianelli, Gregório Gruber,
R. Teixeira, P. Lazur, Barrancos, N. Screnci, R. Ferrari,
Naji, C. Villaça, Cipriano, Casterán, e Stellato- que tem
um trabalho urbano muito interessante- e outros.
No acervo de escultores, tem artistas como
Hideaki, R. Lerner, Carusto, S. Ebling, V. Prado,
Soly, Berois e outros.
Em novembro, a AP abre a mostra de Tagnini, Dobraduras.


Neste final de ano, ainda, a galeria leva para Porto Alegre
o trabalho de alguns artistas, através de uma parceria
com uma das principais galerias da cidade.

Um de meus últimos trabalhos vendidos na galeria,
'São Paulo c. 1950', 170 x 110 cm, em carvão e
acrílico sobre canvas.

Meus trabalhos estão entre eles, o que é muito bacana,
entre outras razões porque adoro POA.
A Arte Aplicada fica na Rua Haddock Lobo, 1406, São Paulo.

Marco Angeli, novembro de 2008

CITIGOLD PAULISTA by Marco Angeli

Meu trabalho recente para o Citibank, neste ano, teve como
origem 13 originais sobre tela, que retratam cidades do Brasil
e do mundo.
Todo o trabalho foi organizado pela RS Direct, que aliás tem
vários trabalhos meus em suas paredes.
Estes originais foram copiados e impressos digitalmente,
e trabalhados por mim, um a um.
Cada uma das cópias se transformou num original,
assinado, num misto de arte+digital,
que adoro fazer de vez em quando.
Os treze originais tiveram como destino o espaço
Citigold da Avenida Paulista, em São Paulo,
talvez o mais importante deles.

Espaço Citigold na Avenida Paulista, primeira recepção

Destinado à consultas para investidores com grande
potencial, estes espaços estão anexados às principais
agências do Citi no país.
Enviei mais de 60 imagens para estes espaços, em
cidades como Rio de Janeiro, Porto Alegre, Campinas,
Belo Horizonte e São Paulo.

Algumas salas do Citigold Paulista

O espaço da Paulista, entretanto, é muito interessante.
O projeto de arquitetura é limpo, bem resolvido
e principalmente coerente com a atividade para
o qual foi destinado. E bonito, claro.
São dez salas para atendimento individual,
e cada uma delas tem uma pintura, uma cidade.

As salas Porto Alegre e Rio de Janeiro

O que é mais gratificante para mim neste trabalho é
sem dúvida a unidade que ele tem por si só, que acaba
criando uma espécie de identidade visual ao espaço.
Minha visão, as vezes, transcende um pouco a minha
atividade como artista plástico, como é o caso.
Minha preocupação é quase sempre mais global,
graças à minha formação, que exerci durante muitos
anos, como profissional de publicidade.
Enfim, fica registrado aqui este espaço, este trabalho,
que se inicia.

Espaço Citigold, segunda recepção
Espero, claro, que prossiga, como é sua proposta original.
Quem viver verá. Está aí.

Marco Angeli, novembro de 2008